Existem inúmeros medos e inúmeras formas de terminar com eles, mas o medo mais frequente nas crianças que gaguejam é mesmo o medo de gaguejar enquanto falam, por isso apresentamos aqui uma forma de terminar com os medos o jogo do "tiro ao alvo" ! Este jogo consiste em pegar num tabuleiro normal deste jogo e ir aumentando o grau de medo consoante a área, por exemplo na área mais exterior :" tenho medo de cães" e na área mais interior "tenho medo de gaguejar" assim a criança e quem a acompanha vão destruindo os medos à medida que conseguem acertar neles com as setas.
Lembre-se: a psicologia tem uma grande importância principalmente quando lidamos com crianças!
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Gaguez é sinal de sofrimento?
" O principal objectivo na gaguez,enquanto Terapeuta, é a diminuição do sofrimento.O sofrimento do gago é uma coisa que a maior parte das pessoas não imagina. "
(Pedro Aires de Sousa)
O gago por vezes não consegue expressar o seu pensamento, sofrendo e para não mostrar que é gago opta muitas vezes evitar falar. Esta atitude remete-o para um sentimento de frustração angústia e muita tristeza, pois ele tinha uma mensagem que era importante para ele, que poderia ser benéfica para o outro, mas que ele não conseguiu expressar.
Pedir um pastel de bacalhau em vez de um pastel de nata, pedir uma cerveja em vez de uma café são situações frequentes no dia-a-dia de um gago. O gago fá-lo para não mostrar que é gago, fazendo o possível para não gaguejar. A repetição destas situações fazem com que o gago se auto-desvalorize e se sinta irritado,sofrendo.
O rolar destes sentimentos faz com que o gago desista de alguns objectivos pessoais, como por exemplo frequentar um curso na universidade, exercer algumas profissões, participar em palestras, entre outros. Todas estas situações provocam no gago um sentimento de tristeza e sofrimento.
terça-feira, 27 de novembro de 2012
Mito
" A gaguez está mais presente em sociedades que estimulam a competição e que cobram melhor desempenho do indivíduo. "
domingo, 25 de novembro de 2012
Entrevista à Terapeuta Mónica Gaiolas
Deixa-mos aqui uma entrevista da revista Visão à Terapeuta da Fala Mónica Gaiolas, em que esta pretende acabar com os estigma social criado à volta das pessoas com gaguez.
Mito
“Obrigar a criança a ler em voz alta na sala de aula faz com
que ela perca a timidez e o medo de falar”
A timidez e o medo não causam gaguez. Na verdade, a timidez
e o medo de falar podem ser consequências da gaguez : a criança pode ter medo
de falar não porque acha que pode gaguejar, mas porque sabe que vai gaguejar e
que não conseguirá impedir tal acontecimento. Por outro lado, o medo pode
agravar a gaguez. Assim, obrigar a criança a ler em voz alta na sala de aula só
vai contribuir para piorar o problema.
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
Gaguez... uma identidade?
A presença dele permitiu-nos fazer algumas perguntas para compreendermos melhor esta problemática e uma das questões deixou-nos pensativas, a questão era a seguinte: "Consideras-te gago?" A resposta dele foi breve e rápida :"Não!" aí nós percebemos um grande problema da sociedade que é a necessidade de rotular toda a gente, nós precisamos de tratar cada pessoa pelo nome das suas características: "É o Zé Magro, é o Zé gordo, é a loira, é a ruiva lá do prédio" mas a realidade é que muitas vezes estes apelidos podem prejudicar a pessoa em questão, neste caso este rapaz durante a adolescência tinham-no apelidado de "o aspirador" devido à sua forma de falar.
As pessoas com gaguez não são gagas, têm apenas gaguez, tal como têm olhos azuis, verdes ou são altas ou baixas.
O facto de identificarem as crianças como gagas pode prejudicar o seu desenvolvimento pois elas podem reflectir demasiado nisso levando-as a prejudicar a sua fala, a psicologia tem grande impacto nunca se esqueça!
Concluímos então que a gaguez não é uma identidade, é uma singularidade. Não faça da gaguez um problema da sociedade, abrace-a como individualidade e lembre: "cada um é como cada qual!"
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
A capacidade de um gago
Os gagos possuem uma grande aptidão para falar, reconhecem
palavras e/ou letras em que têm mais tendência para gaguejar tentando evitar
essas palavras, usando sinónimos e introduzindo outros fonemas
para facilitar a produção do discurso. Se nem sempre é fácil exprimirmos com exactidão o que desejamos, imaginamos o
esforço que o gago tem de fazer para dizer aquilo que quer. O esforço
despendido não é compensado e muitos gagos sentem-se ridículos. Este sentimento
deve-se ao facto de o gago desejar e pensar que o seu dever é enfrentar a
gaguez sem rodeios e dominá-la.
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
O "gago" e as relações sociais
Testemunho de manifestações de gaguez que ocorrem em diferentes relações e em vários momentos da historia de vida da pessoa.
Pergunta: Na escola como é ler ou apresentar trabalhos?
Resposta: Para mim é a pior parte... é horrível... é muito mau mesmo... ter que me expor assim... sofro muito.
Pergunta: E com os seus amigos na escola?
Resposta A: Eu fico mais... fico mais solto... acho que é quando jogo futebol com os meus amigos... fico muito mais solto... só em algumas palavras é que começo a gaguejar.
Resposta B: ... leitura, meu Deus, quando tinha que ler... na fila... eu queimava por dentro quando era pequeno, quando chegava à minha minha vez eu morria de medo.
Pergunta: E com pessoas da sua idade?
Resposta: Eu converso... bastante... eu solto-me muito.
Ao ver diferentes tipos de gaguez ocorrendo em diferentes relações sociais, ve-se que a gaguez é marcada pelas experiências, pelas vivências da pessoa e pelo que lhe é significativo.
As diferentes relações sociais interferem na produção da
fala, ou mais especificamente, na sua gaguez, pois o modo de se relacionarem
varia de acordo com os seus interlocutores, papeis que assumem e situações que vivenciam.
Pino (2005), diz que no complexo sistema das relações sociais, as posições e os
papeis associados a essas posições vão definir a função social dos sujeitos. Ou
seja, como se situam uns em relação a outros, dentro de uma determinada formação
social e quais as formas de conduta, tais como, de pensar, falar, agir, sentir,
etc., que são esperadas delas em relação a essa posição.
As pessoas gagas apresenta vários modos de manifestar a gaguez, com
maior ou menor intensidade, dependendo das diferentes relações sociais, dos
seus ouvintes e da relação que com eles estabelece
terça-feira, 20 de novembro de 2012
Caso de sucesso
Este caso de sucesso foi apresentado numa aula de Fluência em que um jovem de 21 anos estudante na Universidade do Algarve participou.
Este jovem esteve em intervenção em terapia da fala dos 6 aos 8 anos e depois voltou aos 15 anos e hoje fala fluentemente, o seu problema : perturbações de fluência : gaguez!
Os estudantes aproveitaram para fazer algumas perguntas, deixamos um resumo sobre as conclusões tiradas mais aqui:
Muitos jovens na aprendizagem da leitura sentem grandes dificuldades, neste caso isso não se verificou mas a pressão social teve grande impacto.
Ele chegou à conclusão de que, tendo gaguez, não existe uma forma fácil de os professores se dirigirem a ele mas se não implicarem com o assunto é um ponto positivo, neste caso uma professora, quando ele tinha quinze anos, simulava a sua gaguez deixando-o mais desconfortável.
Para não apresentar trabalhos na disciplina de português fingia-se doente, com tosse.
Mas hoje, por incrível que pareça, está no ensino superior no curso Ciências da Comunicação ele já tinha noção do seu problema e sabia que iria ter de se adaptar pensou em se esconder do grande ecrã mas na altura achava que o que queria era ser pivô, hoje sabe que prefere a vertente marketing mas não teve influência o seu problema.
Escolhemos falar deste caso pois ele falou de algo importante ele não se considera "gago", essa não é a identidade dele! Ele é um rapaz, estudante do ensino superior que ultrapassa as mesmas dificuldades que todos nós apenas tem a particularidade de ter problemas de fala, no nosso caso cada um tem as suas.
Outro factor de decisão foi o facto de ele, hoje, apresentar trabalhos em auditórios para 60-80 pessoas e não gaguejar, tem uma fala aparentemente saudável pois consegue contornar o seu problema.
É isso que nós queremos para as crianças que não se assumam como "gagos" mas que assumam a sua gaguez e com coragem a contornem !
Este jovem esteve em intervenção em terapia da fala dos 6 aos 8 anos e depois voltou aos 15 anos e hoje fala fluentemente, o seu problema : perturbações de fluência : gaguez!
Os estudantes aproveitaram para fazer algumas perguntas, deixamos um resumo sobre as conclusões tiradas mais aqui:
Muitos jovens na aprendizagem da leitura sentem grandes dificuldades, neste caso isso não se verificou mas a pressão social teve grande impacto.
Ele chegou à conclusão de que, tendo gaguez, não existe uma forma fácil de os professores se dirigirem a ele mas se não implicarem com o assunto é um ponto positivo, neste caso uma professora, quando ele tinha quinze anos, simulava a sua gaguez deixando-o mais desconfortável.
Para não apresentar trabalhos na disciplina de português fingia-se doente, com tosse.
Mas hoje, por incrível que pareça, está no ensino superior no curso Ciências da Comunicação ele já tinha noção do seu problema e sabia que iria ter de se adaptar pensou em se esconder do grande ecrã mas na altura achava que o que queria era ser pivô, hoje sabe que prefere a vertente marketing mas não teve influência o seu problema.
Escolhemos falar deste caso pois ele falou de algo importante ele não se considera "gago", essa não é a identidade dele! Ele é um rapaz, estudante do ensino superior que ultrapassa as mesmas dificuldades que todos nós apenas tem a particularidade de ter problemas de fala, no nosso caso cada um tem as suas.
Outro factor de decisão foi o facto de ele, hoje, apresentar trabalhos em auditórios para 60-80 pessoas e não gaguejar, tem uma fala aparentemente saudável pois consegue contornar o seu problema.
É isso que nós queremos para as crianças que não se assumam como "gagos" mas que assumam a sua gaguez e com coragem a contornem !
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Mito
"Pode-se pegar a gaguez por imitação ou por ouvir uma outra pessoa que gagueja"
Ninguém pega gaguez. Se fosse assim, todas as pessoas que convivessem com alguém que gagueja, gaguejariam também mas isso não acontece. Além disso, dizer a uma pessoa que gagueja porque aprendeu a gaguejar por imitação seria um ponto para ser humilhada. Com tantas características favoráveis para imitar, porque escolher a gaguez que seria prejudicial e lhe traria desvantagens?
Ninguém pega gaguez. Se fosse assim, todas as pessoas que convivessem com alguém que gagueja, gaguejariam também mas isso não acontece. Além disso, dizer a uma pessoa que gagueja porque aprendeu a gaguejar por imitação seria um ponto para ser humilhada. Com tantas características favoráveis para imitar, porque escolher a gaguez que seria prejudicial e lhe traria desvantagens?
domingo, 18 de novembro de 2012
Mito !
"A pessoa gagueja, porque pensa mais rápido do que fala."
-Todas as pessoas pensam mais rápido do que falam.
Portanto, a velocidade do pensamento não pode ser a causa da gaguez,
porque todas as pessoas pensam mais rápido do que falam, mas nem todas as pessoas gaguejam.
Leituras . . .
Para os interessados em aprofundar os seus conhecimentos sobre a gaguez, deixamos aqui dois livros da Fundação Americana da Gaguez. Estes documentos encontram-se em espanhol pois ainda não há tradução para português. Podem aceder aos livros clicando nos títulos "Cómo tratar al niño de edad escolar que tartamudea" "A veces, yo tratamudeo"
Conselhos para pais e professores
Para os professores:
- Não obrigue a criança a ler em voz alta sozinha, ela não se irá sentir confortável e poderá gaguejar ainda mais, antes pelo contrário ponha-a a ler em conjunto com outras crianças ela irá sentir-se, certamente, muito mais à vontade.
- Não pense que ela só gagueja consigo por má educação, ou porque "não gosta de si", é um problema natural da criança e ao sentir-se repreendida ou pressionada poderá piorar.
- Não se esqueça que deve explicar a todas as outras crianças que esta criança não é diferente portanto devem todas acolhe-la de igual forma.
- Compreenda que a gaguez não é uma questão de inteligência portanto pode exigir o mesmo desta criança que exige das outras, menos a nível de fala!
- Numa actividade em que siga uma ordem pela qual os alunos respondem ou participam nunca deixa a criança "gaga" para o final, irá deixá-la mais nervosa.
- Lembre-se: educadores/professores são essenciais ao diagnóstico, muitas vezes a criança não gagueja na primeira avaliação em terapia por estar num ambiente diferente.
Em casa:
- Nunca diga "pára, respira, tem calma" , a criança não está nervosa, está a gaguejar.
- A criança tem dificuldade em terminar as palavras, é verdade, mas por muito que tenha vontade não termine as palavras por ela. Vamos dar-lhe o exemplo de uma pequena história que conhecemos: Havia um senhor "gago" que todos os dias ia à mesma pastelaria e pedia sempre um "pastel de " como o empregado não o deixava terminar a frase todos os dias este senhor comia um pastel de bacalhau quando o que queria era um de nata! Já viu as complicações que terminar as frases do seu filho lhe pode trazer na vida?
- Não interrompa o seu filho;
- Converse de forma pausada;
- Reduza o número de perguntas que lhe faz;
- Olhe-a nos olhos;
- Não deixe que a criança se aperceba da preocupação acerca do seu problema;
- Não fique zangado ou incomodado quando a gaguez aparecer;
- Ajude a criança a NÃO evitar palavras.
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
O que fazer se o seu filho for gago?
Alguns pais desesperam e
acham que o filho está gago, outros nem percebem que essa "dificuldade"
na fala acontece. Que atitude tomar perante essa situação?
Os pais precisam de saber sobre o desenvolvimento normal da fala
e linguagem da criança.
Linguagem- é o nosso pensamento e conhecimento.
Fala- Expressa todo esse pensamento e conhecimento
Linguagem- é o nosso pensamento e conhecimento.
Fala- Expressa todo esse pensamento e conhecimento
Como agir em casos de gaguez?
Os pais devem entender
que isso é “normal” e deixar a gaguez acontecer sem pedir para a criança ter
calma, falar mais devagar ou parar e respirar. Com essas "dicas" as
crianças vão ficar mais tensas quando têm de falar e a gaguez ocorrerá constantemente.
Os pais devem prestar
atenção, sim, na gaguez quando houver alguma história de gaguez na família.
Se houver esse histórico, e a criança começar a gaguejar, deverão levá-la para uma avaliação ao Terapeuta da Fala , pois a criança tem maior probabilidade de não ser só uma gaguez de desenvolvimento normal.
Deixe a gaguez acontecer, oiça o seu filho sem interromper ou completar as palavras que ele tem dificuldade ao dizer.
Se houver esse histórico, e a criança começar a gaguejar, deverão levá-la para uma avaliação ao Terapeuta da Fala , pois a criança tem maior probabilidade de não ser só uma gaguez de desenvolvimento normal.
Deixe a gaguez acontecer, oiça o seu filho sem interromper ou completar as palavras que ele tem dificuldade ao dizer.
Deixamos aqui algumas dicas:
- Quanto mais tensa a criança estiver, maior é a probabilidade da criança gaguejar. Não deve dizer ao seu filho que ele é gago e a forçar que ele fale em frente a pessoas que ele não queira.
- Não se mostre impaciente quando o seu filho gagueja. Apesar de
não falar, simples atos involuntários como abanar as pernas de forma inquietante
demonstram tal impaciência.
"O problema não está na boca da criança mas sim nos ouvidos
dos pais."
Formação- APTF
Para todos os curiosos, interessados, Terapeutas da Fala e estudantes de Terapia da fala a APTF divulga:
Formação APTF
» Gaguez - Diferentes Métodos de Intervenção & Olhares diversos
Formação APTF
» Gaguez - Diferentes Métodos de Intervenção & Olhares diversos
24 de Novembro de 2012 em Belém no Auditório CM2C, Lisboa
Mais informações em : http://www.facebook.com/aptft
Mito . . .
"Susto pode curar gaguez?"
-Um susto não tem o poder de alterar a predisposição genética para a
gaguez ou de modificar a estrutura e funcionamento do cérebro de
pessoas que gaguejam. Portanto, sustos não curam gaguez.
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
Mito
"Se a criança começar a gaguejar é só esperar que passa"
Grande parte das crianças consegue superar a gaguez após algum tempo mas existem outras que não conseguem e como os pais não têm como saber quais os sinais do que é ou não patológico é melhor procurarem um especialista. Por isso é melhor procurar um terapeuta da fala de modo a despistar se é normalidade ou se é problema.
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Mito
"Gaguez por herança hereditária é melhor do que gaguez por
lesão cerebral."
Não é melhor nem pior. É diferente! A gaguez por herança hereditária pode ser transmitida de geração em geração. Por outro lado, a gaguez por lesão cerebral pode envolver danos mais amplos ao cérebro. No entanto, ambas respondem favoravelmente ao tratamento especializado.
Não é melhor nem pior. É diferente! A gaguez por herança hereditária pode ser transmitida de geração em geração. Por outro lado, a gaguez por lesão cerebral pode envolver danos mais amplos ao cérebro. No entanto, ambas respondem favoravelmente ao tratamento especializado.
Equipamentos avançados para tratamento da gaguez
Pesquisadores do Cleveland Hearing and Speech Center estão a aplicar equipamentos avançados virtuais para tratar pacientes com gaguez. Com a simulação de situações da realidade proporcionada pela nova tecnologia, as técnicas de fluência da fala e a diminuição de "bloqueios" podem ser trabalhadas de melhor forma.
Legendas em : http://www.youtube.com/watch?v=8EsRCaRYGoc
sábado, 10 de novembro de 2012
Mito
"Se a criança começar a gaguejar, é melhor fazer de conta que nada está a acontecer para que ela não tome consciência do problema."
- Acreditava-se que chamar a atenção da criança para a sua fala seria a causa imediata da gaguez, fazendo com que hesitações comuns se transformassem em gaguez. Actualmente, sabe-se que isso não é verdade. Falar com a criança sobre a sua gaguez não fará com que o distúrbio se instale ou piore. Falar abertamente com a criança sobre a sua gaguez fará com que ela sinta o apoio dos pais, sentindo-se encorajada para partilhar as suas dificuldades. A conspiração do silêncio em torno da gaguez só contribui para aumentar a distância entre pais e filhos.
Livro - Olha só quem está falando
Olha só quem está falando é um livro de Priscilla Silveira com ilustração de Lorena Rocha Leite.
Recomendamos a pais e filhos a leitura deste livro na tentativa de poder ajudar a lidar com esta patologia. Poderá ler directamente aqui no nosso blog.
Esperemos que gostem e boas leituras :)
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
O Ernesto - O menino com gaguez
"O Livro Ernesto, o Menino com Gaguez em família é um livro infantil e pedagógico que conta a história de um rapaz com gaguez, retratando as dificuldades deste, de sua família e amigos em lidar com esta patologia. O referido livro permite à criança a compreensão do seu problema e o aumento da confiança na sua fala. Dirige conselhos a pais e educadores acerca de como melhorar a comunicação com uma criança com gaguez. Pode ainda auxiliar a intervenção terapêutica de Terapeutas da Fala e Psicólogos."
Recomendamos a todos os interessados por esta temática (gaguez) a ler o livro.
Curta metragem sobre gaguez
Este video é um video interessante onde aborda os sentimentos de uma adolescente gaga.
O video está em ingles, caso queira ver com legendas aceda aqui : http://www.youtube.com/watch?v=Y6bzpvjvy3k&playnext=1&list=PL9D2DD521C3258305&feature=results_main .
O video está em ingles, caso queira ver com legendas aceda aqui : http://www.youtube.com/watch?v=Y6bzpvjvy3k&playnext=1&list=PL9D2DD521C3258305&feature=results_main .
Mito
“As crianças gaguejam para chamar a atenção dos pais.”
A gaguez não é um comportamento voluntário, portanto as crianças não o fazem para chamar a atenção!
A gaguez não é um comportamento voluntário, portanto as crianças não o fazem para chamar a atenção!
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Como lidar com a Gaguez?
Deixámos-lhe um pequeno vídeo com alguns conselhos para lidar com a gaguez.
Reportagem
Encontramos uma reportagem sobre a Gaguez que foi emitida pela Sic, esperamos que lhe possa ser útil :
SpeechEasy
O que é?
É um dispositivo semelhante a um comum aparelho auditivo mas ao invés de aumentar o som de forma a permitir que a pessoa ouça este altera o som de modo que a pessoa ouça a própria voz mas tendo como desvantagens o facto de ouvir com um ligeiro atraso e noutra frequência.
Como funciona?
Funciona com o chamado "efeito coro", ou seja, este aparelho cria a ilusão de que outra pessoa está a falar ao mesmo tempo que o utilizador. Já há décadas que se conhece que quando uma pessoa fala ao mesmo tempo que um "gago" que este diminui o seu gaguejar portanto este aparelho aproveita-se dessa particularidade e torna o discurso da pessoa mais fluente.
Crianças! O uso só é recomendado a partir dos 10 anos! Tenha isso em atenção caso alguém o recomende para o seu filho pois a correeta utilização depende de fatores como maturidade, responsabilidade, motivação e até mesmo o tipo de terapia utilizada anteriormente.
Para que esteja atento deixamos-lhe aqui alguns conselhos:
"Os pais quando falam devem:
Dar um bom modelo de velocidade de fala (suave e relaxado) ao seu filho.
Manter o contacto ocular, transmitindo tranquilidade e serenidade enquanto o seu filho fala.
Não interromper/ terminar palavras ou frases do seu filho.
Não tente ensinar à criança “truques” que a possam ajudar a falar com menos dificuldade. O que funcionou com uma criança pode não ser bom para o seu filho.
Dicas para os pais que os filhos são utilizadores do SpeechEasy:
Demonstre ao seu filho que compreende o grau de concentração e atenção que é necessário para ele interagir com o sinal.
Elogie frequentemente o esforço que ele está a realizar.
Quando o seu filho consegue falar de forma fluente, valorize e chame a atenção para esse facto (reforço positivo).
Evite estar constantemente a relembrar que o seu filho está a gaguejar, ele tem perfeita noção que isso está a acontecer
Ajude-o a delinear actividades diárias específicas para praticar a fluência.
Permita que o seu filho tenha intervalos de utilização do equipamento. Forçar a utilização só ajudará a criar maiores resistências no futuro."
Veja então um pequeno vídeo sobre o SpeechEasy:
É um dispositivo semelhante a um comum aparelho auditivo mas ao invés de aumentar o som de forma a permitir que a pessoa ouça este altera o som de modo que a pessoa ouça a própria voz mas tendo como desvantagens o facto de ouvir com um ligeiro atraso e noutra frequência.
Como funciona?
Funciona com o chamado "efeito coro", ou seja, este aparelho cria a ilusão de que outra pessoa está a falar ao mesmo tempo que o utilizador. Já há décadas que se conhece que quando uma pessoa fala ao mesmo tempo que um "gago" que este diminui o seu gaguejar portanto este aparelho aproveita-se dessa particularidade e torna o discurso da pessoa mais fluente.
Crianças! O uso só é recomendado a partir dos 10 anos! Tenha isso em atenção caso alguém o recomende para o seu filho pois a correeta utilização depende de fatores como maturidade, responsabilidade, motivação e até mesmo o tipo de terapia utilizada anteriormente.
Para que esteja atento deixamos-lhe aqui alguns conselhos:
"Os pais quando falam devem:
Dar um bom modelo de velocidade de fala (suave e relaxado) ao seu filho.
Manter o contacto ocular, transmitindo tranquilidade e serenidade enquanto o seu filho fala.
Não interromper/ terminar palavras ou frases do seu filho.
Não tente ensinar à criança “truques” que a possam ajudar a falar com menos dificuldade. O que funcionou com uma criança pode não ser bom para o seu filho.
Dicas para os pais que os filhos são utilizadores do SpeechEasy:
Demonstre ao seu filho que compreende o grau de concentração e atenção que é necessário para ele interagir com o sinal.
Elogie frequentemente o esforço que ele está a realizar.
Quando o seu filho consegue falar de forma fluente, valorize e chame a atenção para esse facto (reforço positivo).
Evite estar constantemente a relembrar que o seu filho está a gaguejar, ele tem perfeita noção que isso está a acontecer
Ajude-o a delinear actividades diárias específicas para praticar a fluência.
Permita que o seu filho tenha intervalos de utilização do equipamento. Forçar a utilização só ajudará a criar maiores resistências no futuro."
Veja então um pequeno vídeo sobre o SpeechEasy:
terça-feira, 6 de novembro de 2012
Como fizemos os vídeos?
Para o nosso trabalho de sensibilização realizamos uns vídeos de sensibilização, deixámos-vos então o guião dos vídeos para puderem consultar.
Entrevista a crianças em idade
escolar?
O que é a gaguez?
Sabes como pudemos começar a gaguejar?
Se tivesses um amigo “gago” como reagirias?
Como achas que um “gago” se sente?
O que achas que um “gago” deve fazer para deixar de gaguejar?
Achas que um gago é menos inteligente?
Entrevista a uma estudante de 1º
ano de enfermagem
1 Sabes o que é a gaguez? Se sim, o que é?
Como achas que surge a gaguez?
Como achas que surge a gaguez?
Existe alguma cura para a gaguez?
Achas que no teu curso era importante aprender a lidar com a gaguez?
Achas que no teu curso era importante aprender a lidar com a gaguez?
O que é a gaguez?
Sabes como pudemos começar a gaguejar?
Se tivesses um amigo “gago” como reagirias?
Como achas que um “gago” se sente?
O que achas que um “gago” deve fazer para deixar de gaguejar?
Achas que um gago é menos inteligente?
A estudante de 1º ano de enfermagem tem 18 anos e está a estudar na Universidade de Aveiro. A entrevista a crianças em idade escolar englobou uma adolescente de 17 anos no 12º ano de escolaridade, uma criança de 13 anos no 8º ano de escolaridade, uma criança de 12 anos no 7º ano de escolaridade e uma criança de 11 anos no 7º ano de escolaridade.
sábado, 3 de novembro de 2012
Intervenção em Terapia da Fala
Normalmente, uma das primeiras preocupações quando os pais chegam á Terapia da
Fala é da dependência do filho ao Terapeuta.
É preciso explicar aos pais que o seu filho ao ser gago precisa de aprender a equacionar, de forma diferente, a sua relação com os outros através da comunicação oral. Assim sendo, o Terapeuta deve ser visto “mestre” e investigador e não como aquele que cura!
O Terapeuta da Fala após um diagnóstico inicia a intervenção. Em intervenção é possível que o gago discuta e teste na prática as propostas feitas pelo Terapeuta.
Em intervenção o Terapeuta tem como objetivos:
- Ensinar a colocar corretamente a voz, para que o discurso seja mais fluente;
É preciso explicar aos pais que o seu filho ao ser gago precisa de aprender a equacionar, de forma diferente, a sua relação com os outros através da comunicação oral. Assim sendo, o Terapeuta deve ser visto “mestre” e investigador e não como aquele que cura!
O Terapeuta da Fala após um diagnóstico inicia a intervenção. Em intervenção é possível que o gago discuta e teste na prática as propostas feitas pelo Terapeuta.
Em intervenção o Terapeuta tem como objetivos:
- Ensinar a colocar corretamente a voz, para que o discurso seja mais fluente;
- Aprender técnicas de relaxamento para diminuir a tensão
nos momentos de gaguez;
- Ganhar confiança de forma a conseguir o autocontrole;
- Arranjar estratégias para lidar com situações de gaguez mais problemáticas.
- Arranjar estratégias para lidar com situações de gaguez mais problemáticas.
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
Tratamento da Gaguez
O tratamento da Gaguez deverá ser realizado em primeiro plano pelo Terapeuta da Fala, que em caso de necessidade poderá realizar trabalho em parceria com o psicólogo ou outro profissional (mediante cada caso).
A intervenção precoce é a mais
eficaz de todas e é um erro aguardar que a criança faça 6 anos para procurar
orientação, ou crianças que gaguejam há mais de 6 meses de forma sistemática devem ser avaliadas por um profissional da área.
A terapia da Gaguez tem como meta central ajudar a criança. Aprender uma forma mais fácil de falar, com recurso a técnicas e ferramentas que são ensinadas no processo de terapia. Um dos objectivos centrais da Terapia é ajudar a criança a ser um melhor comunicador, com confiança nas suas competências e habilidades, capaz de controlar as emoções negativas que muitas vezes surgem como fruto da incapacidade de falar fluentemente. O importante é promover sentimentos positivos em relação à comunicação e intensificar o interesse no processo de comunicação. Porque a gaguez é sem dúvida um problema que condiciona a vida, faz brotar sentimentos de auto desvalorização, frustração, vergonha e limita as interacções sociais, a facilidade de estabelecer relações, é ideal intervir o mais precocemente possível, evitando assim um futuro que se vislumbra desenhado com muitas condicionantes, escolhas académicas e profissionais limitadas, dificuldades escolares, identidade negativa e estigmatização social.
Como ajudar o seu filho?
-No
caso das crianças que gaguejam torna-se ainda mais importante a
preocupação com o processo de comunicação, ou seja, os pais devem ser
bons comunicadores, privilegiar o contacto visual, os olhos nos olhos,
sinais valiosos para a criança que gagueja que o seu “porto de abrigo”
está atento ao que ela transmite. Neste sentido, é essencial mostrar à
criança, não apenas por palavras, mas sobretudo pelos gestos, pelas
expressões do olhar que se escuta activamente e atentamente o que ela
transmite e que não importa o modo como o faz, mas sim a mensagem que
expressa, a ideia ou a opinião.
-Falar
com calma, esperar uns segundos até responder a alguma pergunta da
criança, introduzir no próprio discurso algumas pausas são de facto
estratégias que se revelam de grande eficácia e que ajudam a atenuar
sentimentos de tensão e frustração que aparecem frequentemente
associados ao falar. Na realidade, estas estratégias contribuem de forma
impar para que a criança se identifique com o seu interlocutor e
naturalmente sinta uma menor tensão e ansiedade quando fala, pois também
o “outro”fala calmamente. Cuidado com os exageros, falar como a
criança, tentar imitá-la, não a ajuda de todo.
-A
tendência para completar as frases ou palavras da criança que gagueja
ou mesmo falar por ela é de evitar, pois apenas concorre para aumentar a
ansiedade e tensão associada ao falar, assim como conselhos
aparentemente vantajosos como “tem calma”, “relaxa”, são de evitar.
-É importante para a criança
que gagueja, sentir que as pessoas com quem se relaciona, com quem
comunica, têm disponibilidade para a ouvir. É fundamental que ela
compreenda através do comportamento verbal e não verbal dos pais que não
há pressa, que há tempo para comunicar e por este motivo é valioso que
pais ou figuras substitutas promovam um período regular, criem uma
espécie de rotina, uma “hora” em que mais nada importa, a não ser
“estar” com a criança.
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